PEI significa Programa de Enriquecimento Instrumental . Trata-se de uma série de instrumentos que são aplicados numa pessoa por um mediador qualificado na técnica da EAM- Experiência da Aprendizagem Mediada.
Tanto o PEI como a EAM foram criados por Reuven Feuerstein, psicólogo romeno, discípulo de Piaget e Vygotsky, responsável pela implantação do sistema de ensino de Israel no pós-guerra.
Este Programa Psicopedagógico vem revolucionando os meios clínico, escolar e empresarial do Brasil e do mundo há mais de 40 anos, a partir dos seus pressupostos básicos que dizem:
- Todo o ser humano é capaz de se modificar independente das suas condições fisiológicas, sociais e/ou culturais
- É possível, através de um agente mediador promover modificação e educar os seres humanos
- O mediador pode e deve modificar-se através das experiências com os seres humanos mediados
- Toda a sociedade e opinião pública pode e deve modificar seus parâmetros em relação a compreensão dos seres humanos, sejam eles normais, com alguma deficiência ou disfunção.
Para ser um mediador do PEI é necessário que o profissional passe por cursos de formação, subdivididos em dois níveis, aqui no Brasil. Neste mês de Janeiro, em Varginha, no sul de Minas Gerais, faremos realizar mais uma turma do curso de formação de mediadores do PEI, na Fundação Aprender, Tendo como docente a professora e psicopedagoga Rosé Mary Bueno de Paiva Alcântara Cunha, ATA do ICELP, o Instituto criado pelo prof. Feuerstein.
Este curso agrega valor em dois sentidos:
- O cursista aprende a aplicar o programa em consultórios, escolas ou empresas;
- O cursista recebe a mediação e modifica sua estrutura cognitiva durante o curso.
Para finalizar, trago as palavras do prof. Vitor da Fonseca, discípulo do prof. Feuerstein em Portugal e conhecido mundialmente como referência em estudos sobre inteligência e aprendizagem:
” O êxito do empresário e do trabalhador no século XXI terá muito a ver com a maximização de suas competências cognitivas. Cada um deles produzirá mais na razão direta da sua maior capacidade de aprender a aprender, na medida em que o que o empresário e o trabalhador conhecem e fazem hoje não é sinônimo de sucesso no futuro”. FONSECA, 2001, pag. 17)
Referência:
FONSECA, Vitor da. Aprender e reaprender. Educabilidade Cognitiva no Século 21. São Paulo: Salesianas,2001.