Muitos problemas de relacionamento que surgem na família e na escola são fruto do baixo desenvolvimento da inteligência emocional.
Inteligência Emocional é um conceito criado por Daniel Goleman a partir das ideias de Gardner, que definiu sete tipos de inteligência, incluindo a inter-pessoal e a intra-pessoal:
Inteligência interpessoal é aquela que utilizamos quando estamos em grupo, no relacionamento com outras pessoas. Ela permite que nos coloquemos em sintonia com o outro, facilitando a comunicação e propiciando encontros dialógicos e amorosos pela troca de Feedbacks.
Inteligência Intrapessoal é relacionada ao auto-conhecimento, à capacidade humana de refletir sobre seus próprios atos, analisando os erros e acertos cometidos, fazendo planos para mudanças necessárias.
A inteligência emocional, segundo Goleman, é a união destes tipos de inteligências acima descritos. A pessoa que tem boa inteligência emocional é capaz de ter empatia, ou seja, de se colocar no lugar do outro, analisando sua perspectiva e compreendendo-a. Sendo assim, crianças muito pequenas ainda não possuem inteligência emocional, pois Piaget advertiu que somente no período operatório de pensamento, por volta de 7 anos de idade, já teriam esta capacidade. Porém, mesmo assim, podem ser estimuladas a compreenderem que as pessoas têm sentimentos, assim como elas os têm e serem estimuladas e identificá-los por meio de jogos ou atividades artísticas e de expressão escrita, como nos exemplos abaixo:
Fonte: pinterest
No período de férias de verão como este que estamos vivendo em 2016, com muita chuva e as crianças e jovens com poucas opções de atividades ao ar livre, nas quais dispendem mais energia, é comum que as birras, brigas entre irmãos, reatividade de adolescentes se acentuem. O que fazer ? Estimular a nossa inteligência emocional , como adultos, buscando agir de maneira integrada entre a sensibilidade e a racionalidade.
Como ajudar crianças e jovens a gerir suas emoções:
- Auxiliando-os a identificar e a nomear a emoção que estão sentindo;
- Ajudando-os a compreender o que está acontecendo e a conhecer as razões que causam as emoções;
- Permitindo que expressem suas emoções e a usem-nas de maneira positiva;
- Acompanhando-os na busca de alternativas para seus conflitos, quando ainda não são capazes de reolvê-los sozinhos;
- Dar-lhes muito amor, compreensão e empatia com suas emoções.
Por fim, é preciso lembrar que as emoções e os sentimentos são aspectos da personalidade humana que devem ser explorados e analisados e não bloqueados. Existem emoções autênticas, como a alegria, a raiva, o medo, a tristeza e o amor. Porém, quando a criança e o jovem não podem expressá-las convenientemente, a alegria pode se transformar em euforia, a raiva em fúria, o medo em pânico, a tristeza em depressão e o amor em mágoa. Estar atento a estes aspectos é também educar e isso precisa ser feito tanto pelos familiares como pelos professores.