A Educação em 2020

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Encerramos o ano de 2020 com reflexões a respeito da Educação durante a pandemia de COVID 19. Mudanças na metodologia, na maneira de avaliar, nos riscos de evasão abalaram o universo educacional e podem abalar a estrutura social  !

 

coronaSegundo as estatísticas da UNESCO quase 1.600.000 alunos de mais de 190 países –cerca de 94 % da população estudantil do mundo– foi afetada pelo fechamento das escolas no momento mais crucial da pandemia. 

O web site do Senado Federal  destaca que entre os quase 56 milhões de alunos matriculados na educação básica e superior no Brasil, 35% (19,5 milhões) tiveram as aulas suspensas devido à pandemia de covid-19, enquanto que 58% (32,4 milhões) passaram a ter aulas remotas. Na rede pública, 26% dos alunos que estão tendo aulas online não possuem acesso à internet. Esses são alguns dos dados de pesquisado Instituto Data Senado sobre a educação na pandemia.

Neste momento é extremamente preocupante a situação do aluno das escolas públicas, principalmente aquelas de periferia, nas quais os recursos para aulas remotas com uso da internet são precários, trazendo à tona mais uma fonte de desigualdade social e econômica em nosso país. Segundo dados do Banco Mundial, um em cada três alunos não consegue acompanhar as aulas porque não possui computador ou acesso à internet em casa. Diante desta situação a UNESCO tem discutido a ampliação da definição de direitos à Educação para que se inclua a importância da conectividade para o acesso à informação e ao conhecimento. 

ODS

Os professores e as escolas têm buscado soluções criativas. Alguns estados da Federação, como Minas Gerais, por exemplo, desenvolveram materiais pedagógicos impressos, entregues aos alunos em suas residências. 

A UNESCO adverte para o risco de abandono da escola pelos jovens. Afirma que cerca de 24.000.000 de estudantes, em todo o mundo, desde o nível básico até o ensino superior, correm o risco de não voltar à escola depois da interrupção das aulas devido à pandemia. Por cada adolescente que abandona a escola eventualmente haverá no futuro  um adulto condenado ao desemprego ou ao emprego precário. Neste contexto, as desigualdades se agravam conduzindo-nos a uma sociedade perigosamente segmentada, que vai na contramão das propostas para o terceiro milênio, as quais foram baseadas em igualdade e  cooperação.

Aos educadores, um desafio está proposto : como conciliar as adversidades decorrentes do fechamento das escolas, com a manutenção de situações de aprendizagem para nossos alunos ? Eis a questão ! A pergunta que não quer calar !

Feliz Ano Novo para você caro(a ) leitor(a), com o desejo de que nosso trabalho aqui neste blog tenha contribuído para seu crescimento pessoal e profissional.  

Júlia Eugênia Gonçalves
Júlia Eugênia Gonçalves
Psicopedagoga há 41 anos, com formação em mestrado pela UFF./RJ. Carioca, moro em Varginha/MG desde 1996, quando fui contratada pela UEMG para participar de um projeto de formação de professores, depois de ter me aposentado da rede pública federal, onde atuava como docente no Colégio Pedro II. Pertenci ao Conselho Nacional da ABPp de 1997 a 2010. Presido a Fundação Aprender, em Varginha, instituição pública de Direito Privado, sem finalidades financeiras e de utilidade pública.Atualmente tenho me especializado em EaD e suas interfaces com a Psicopedagogia.

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