Bullying na Escola

Bullying na Escola

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O tema `bullying` não é novidade. Ele existe há muito tempo e todos têm uma história para contar, seja de si próprio ou de algum conhecido. O fato é que o assunto ganhou evidência recentemente, já que hoje se entende os impactos negativos de situações constrangedoras na vida de uma pessoa – a curto, médio e longo prazo. Merece destaque a aprovação da Lei nº 13.185/2015, que entrou em vigor no início de fevereiro deste ano. Ela institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) em todo o território nacional.

É função  da escola a construção do conhecimento, mas também é sua responsabilidade inserir no mundo público uma pessoa com bons valores éticos e morais.A prevenção na escola é uma máxima, mas, para isso, é fundamental conhecer o que caracteriza situações de bullying, pois é preciso diferenciar dos outros conflitos corriqueiros no espaço escolar. Uma criança que se desentende com um colega não pode ser enquadrada como autora de bullying. Mas é claro que merece também intervenção e tratamento. E mesmo que se trabalhe com a prevenção, essas ocorrências não podem ser evitadas. Algumas escolas evitam os trabalhos em grupo porque apontam esse momento como um gerador de conflito. É justo privar os alunos desse tipo de organização de estudo? Nesses casos, a cooperação é algo que deve ser aprendido.

Um trabalho bem sucedido contra o bullying envolve, além dos estudantes, os pais ou responsáveis, professores e demais funcionários da escola. Por isso a necessidade de formação: saber o que é, quem são os envolvidos, conhecer as estatísticas de como acontece e, com isso, modificar o olhar. Muitas vezes, o modo como o professor intervém nas relações pode favorecer ou negar uma situação de bullying. Ele favorece quando põe apelidos pejorativos em algum aluno que pode vir a ser usado pelos colegas como chacota. Ele faz essa intenção, mas acaba favorecendo. Outra situação é quando ele olha algumas atitudes no grupo e as minimiza achando que é brincadeira de criança.

Uma maneira de atualizar as famílias é por meio de textos informativos, seja via redes sociais ou circulares. Além disso, não pode faltar a parceria. Se uma criança em casa diz que não quer ir para a escola, chora, vomita bem na hora de sair, tem dor de barriga, não consegue falar, ela pode estar sendo alvo de bullying. No mínimo, algo não vai bem e a instituição escolar tem de checar o que acontece com as relações na escola.

Júlia Eugênia Gonçalves
Júlia Eugênia Gonçalves
Psicopedagoga há 41 anos, com formação em mestrado pela UFF./RJ. Carioca, moro em Varginha/MG desde 1996, quando fui contratada pela UEMG para participar de um projeto de formação de professores, depois de ter me aposentado da rede pública federal, onde atuava como docente no Colégio Pedro II. Pertenci ao Conselho Nacional da ABPp de 1997 a 2010. Presido a Fundação Aprender, em Varginha, instituição pública de Direito Privado, sem finalidades financeiras e de utilidade pública.Atualmente tenho me especializado em EaD e suas interfaces com a Psicopedagogia.

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