Como os Professores e Pais Podem Auxiliar os Estudantes a Pesquisar pela Internet

Como os Professores e Pais Podem Auxiliar os Estudantes a Pesquisar pela Internet

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Imagine uma loja em liquidação em que há muitos produtos a preços baixos  e de fácil acesso, mas onde nem tudo é bom e para achar algo de qualidade é preciso vasculhar. É praticamente dessa forma que funciona a oferta de informações na internet. Há milhares de sites, mas nem sempre há garantia de conteúdo seguro.

Para os estudantes, que cada vez mais substituem os livros didáticos e enciclopédias pela informação on-line, o que parece uma imensa vantagem pode se transformar em uma cilada e colocar em descrédito o trabalho escolar .

Como as informações ficam disponíveis na Web ?

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Os sites de busca usam vários critérios que definem uma sequência de instruções, os chamados algoritmos, que fazem com que uns sites fiquem em primeiro e outros em último lugar no resultado. No Google, por exemplo, os algoritmos são a quantidade de links em outros sites que apontam para aquela página, as palavras que foram digitadas na busca e que batem com as que estão no título do site, indicações de rede social, ou seja, quantidade de vezes que o site é citado nelas. Por isso, os primeiros resultados nem sempre são os mais confiáveis e terão a informação de que o estudante precisa.

Há também fatores comerciais. A maioria dos buscadores cobra para que um site apareça entre os primeiros dez resultados em casos de pesquisa por determinadas palavras.

O resultado da busca também depende do computador de onde ela é feita. Cada vez que um usuário o utiliza, fica registrado um histórico de sites preferidos. Se, por exemplo, uma pessoa visita bastante sites de compra, quando fizer sua busca, se a palavra digitada estiver presente em alguns sites, eles serão listados. É por isso que o resultado de uma pesquisa nem sempre será igual para todos.

Como selecionar melhor as informações ?

8410276026Alguns códigos são essenciais quando o foco da procura é alguém famoso ou algum termo com mais de um significado.Veja alguns deles:

Aspas (” “) Ao procurar informações sobre um educador importante, como Paulo Freire, coloque o nome todo entre aspas. Assim, o mecanismo de pesquisa percorre a rede atrás de documentos que apresentem apenas as palavras Paulo e Freire juntas.

Subtração ( – ) Se o objetivo é encontrar dados sobre Fernando Henrique Cardoso (FHC) apenas como sociólogo, utilize o sinal de subtração (-).  Escreva  “Fernando Henrique Cardoso” – presidente.  A pesquisa retorna com a informação mais precisa, ignorando a relação desta pessoa com a presidência da república;

Adição (+) É possível refinar ainda mais a busca usando o sinal de adição (+). Ao digitar “Fernando Henrique Cardoso” – presidente+sociólogo,  a primeira chamada da lista já aborda a atuação de FHC como sociólogo.

Intitle Para buscar apenas sites que contenham a palavra requisitada no título, o código a ser usado é intitle (dar título, em inglês). Para pedir documentos com o termo tsunami, por exemplo, escreva intitle:tsunami. Dessa forma, serão selecionados apenas sites que sejam focados realmente nas ondas gigantes.

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Quais as dicas para uma pesquisa segura ? 

Data :A data de publicação da página éum dado importante se a procura for por notícias. Há risco de os sites exibirem informações desatualizadas.

Assinatura :Observando o endereço da página, é possível ter uma idéia da credibilidade do conteúdo: As extensões .gov (governamentais), .org (instituições sem fins lucrativos) e .edu (universidades) são mais indicadas. A extensão .com, que é a mais comum, abriga de tudo – muita bobagem, mas também sites de jornais e revistas.

Fazer a busca em pelo menos três sites Os consultores  em pesquisa recomendam fazer a busca em, no mínimo, três sites. Dizem que a experiência fica ainda mais interessante quando um único tema é pesquisado de diferentes maneiras. É possível encontrar textos de natureza diversa sobre a morte da freira Dorothy Stang – ocorrida no Pará em fevereiro – modificando a forma de pesquisa. Veja os exemplos:

• “Dorothy Stang” +blog +paraense: um dos primeiros resultados é um texto informal, cheio de adjetivos, de uma jovem moradora da Região Norte.

• “Dorothy Stang” +jornal: chega-se a um texto jornalístico e não opinativo.

• “Dorothy Stang” +análise: o mecanismo traz textos de especialistas que analisam o assassinato.

Os professores sabem que as crianças de hoje tem acesso ao computador, independentemente de sua classe social. Por isso, incentivam seus alunos a realizarem buscas na internet. Clique aqui para fazer o download de uma proposta de pesquisa escolar com uso da internet.

Um abraço,

Júlia

Referências:

Anna Simas, Gazeta do Povo, 31/05/2011 – Curitiba PR.

Revista Escola, Editora Abril. http://revistaescola.abril.com.br/.  julho 2014. Acesso em 06/04/2015

Júlia Eugênia Gonçalves
Júlia Eugênia Gonçalves
Psicopedagoga há 41 anos, com formação em mestrado pela UFF./RJ. Carioca, moro em Varginha/MG desde 1996, quando fui contratada pela UEMG para participar de um projeto de formação de professores, depois de ter me aposentado da rede pública federal, onde atuava como docente no Colégio Pedro II. Pertenci ao Conselho Nacional da ABPp de 1997 a 2010. Presido a Fundação Aprender, em Varginha, instituição pública de Direito Privado, sem finalidades financeiras e de utilidade pública.Atualmente tenho me especializado em EaD e suas interfaces com a Psicopedagogia.

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